domingo, 6 de junho de 2010

Norma(lidade) interrompida: o mecânico despertar do mal que nos habita

"Targets" (1968) de Peter Bogdanovich

"Le fantôme de la liberté" (1974) de Luis Buñuel

Ou a propósito das ausências...

2 comentários:

DoxDoxDox disse...

A propósito de "24 CITY", Luis Miguel Oliveira para o Ipsilon, faz uso pontuado das aspas, revela-se no uso de privates* :


(...)
Jia Zhang-ke filma o irreversível - as mudanças na China - na certeza de que o irreversível dispensa comentários e juízos de valor.
Agora que o poder - o económico, pelo menos - se vai lenta mas parece que firmemente trasladando para oriente, haveria muito boas razões para, e mesmo se não pelo cinema (sim, sim, é muito "parado"), se ir prestando atenção aos filmes de Jia Zhang-Ke. Eles são como "despachos", no sentido noticioso do termo (sendo que não se confundem seguramente com "despachos" da Xinhua), mostram-nos um bocadinho do que vai acontecendo "lá bas". "Lá bas", na sua China natal, que vai trocando (ou "adaptando") as suas raízes comunistas por uma nova e bem exibida condição de potentado capitalista à escala global.
Jia Zhang-Ke (que nasceu em 1970) tem sido um cronista desta transformação ou, melhor dizendo, dos efeitos, verificáveis no terreno, desta transformação. Uma China que se moderniza, que "racionaliza" a sua vocação camponesa e operária para se converter aos "serviços", e já não tem pruridos em - como se vê em "24 City" - fechar e demolir um parque industrial para no mesmo espaço fazer erguer um complexo de condomínios de luxo e hotéis de 5 estrelas. É esta China, ou o que desta China fica entalado no meio da "mudança de paradigma", que Jia Zhang-Ke vem contando há anos, como aos espectadores que viram "Plataforma" (desolado épico geracional que foi o primeiro Jia estreado em Portugal, e um dos "filmes da década")*

"O Mundo" (sobre um parque temático nos arredores de Pequim que é a "globalização" em auto-paródia involuntária) ou "Still Life" (sobre uma cidade prestes a ser submergida pela construção de uma barragem) não é preciso explicar.
(...)




Abraço.
*

Luís Mendonça disse...

Ah! Obrigado pela info.!

Bjs,

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