O filme é um genialíssimo noir moderno, em sintonia com o emergente cinema liberal norte-americano, com interpretação de Gene Hackman - nunca adjectivo interpretações de Gene Hackman, porque, simplesmente, seria uma ofensa fazê-lo... - e realização "sem osso" e cool (no duplo sentido do termo) de Arthur Penn. Logo no começo, a personagem de Hackman, Harry Moseby, um private detective, faz uma apreciação pouco simpática ao cinema de Eric Rohmer em resposta ao convite da sua mulher para irem ver "Ma nuit chez Maud" - o impertinente Moseby merecerá valente castigo (da sua mulher?) por andar a zombar de um génio, ainda para mais!, a propósito de uma das suas maiores obras-primas. Eis o remark de Moseby:
Harry Moseby: I saw a Rohmer film once. It was kinda like watching paint dry.
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