quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O militante 'não chegar a horas' é ontológico em Ford*


John Ford, "The Searchers" (1956)

O herói que chega sempre atrasado à acção - elemento tipicamente fordiano.

João Mário Grilo, nota tirada da aula-apresentação que antecedeu a projecção de "She Wore a Yellow Ribbon" (1949) de John Ford, no âmbito das lições sobre a História do Cinema: Cinegeografias que tiveram lugar na Cinemateca Portuguesa no passado mês de Setembro

That is how it goes with cinema. Cinema is never on time.

Serge Daney, «The Militant Etnography of Thomas Harlan», publicado em Junho de 1979

Ninguém mais retoma a cantilena de uma filiação unilinear pintura-foto-cinema (...) [ou de um] "pré-cinema", essa noção confusa que descobria procedimentos "cinematográficos" na tapeçaria de Bayeux, quando não em Homero ou Shakespeare. É menos fácil, em compensação, reduzir, por exemplo, esse sentimento de "différance" (Comolli), de uma lentidão ou atraso da invenção do cinema (...).

Jacques Aumont, O Olho Interminável (1989), São Paulo, Cosac Naify, 2004, p. 47


*- Ou a antítese fordiana do "directo" televisivo. 

2 comentários:

Unknown disse...

Muitos parabéns pela nomeação nos TCN :). Continuação do excelente trabalho.

cumprimentos,
cinemaschallenge.blogspot.com

Luís Mendonça disse...

Muito obrigado, Andreia. :)

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...