Yakov Protazanov, "Aelita" (1924)
Poderemos entender porque é que os habitantes de uma estrela distante, caso possam ver a Terra com potentes teslecópios, são realmente os contemporâneos de Jesus, uma vez que assistem, no preciso momento em que escrevo estas linhas, à sua crucifixão, da qual, provavelmente, eles captam provas fotográficas ou mesmo cinematográficas, porque a luz que nos ilumina demora dezanove ou vinte séculos a chegar até eles. Podemos até imaginar, e isso pode mudar ainda mais significativamente a nossa ideia de tempo, que um dia veremos esse filme, quer porque ele nos seja enviado por um qualquer projéctil, quer porque um sistema de projecção interplanetária o enviar para os nossos ecrãs.
Élie Faure, Função do Cinema e das Outras Artes (1960), Lisboa, Texto & Grafia, 2010, p. 35
(...) "El cant dels ocells" um objecto tão fascinantemente inclassificável, um documentário impossível, por vezes, imbuído de um realismo lírico paradoxal, que é uma purga para o olho moderno.
CINEdrio, 9 de Abril 2009
Etc.
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