quinta-feira, 5 de junho de 2008

Shyamalan: o fenómeno? (IV)

Os filmes de Shyalaman são férteis em ressurreições e avatares. Neles, a morte é tão inevitável quanto a força regenerativa, qual Deus ex machina, do amor. Carl Th. Dreyer revisitado?

O espírito do psiquiatra de "The Sixth Sense" (1999) vive desinquietado num corpo morto, que se move no sentido da reconciliação impossível com a mulher que deixou.

A fé é o tema de "Signs" (2002), história de um padre que desistiu de "acreditar" depois de assistir à morte lenta da mulher, que ficou com o corpo dilacerado por causa de um aparatoso acidente de viação. A experiência de quase-morte do seu filho parece tocada por Deus e, por isso, o padre recupera a fé.

"É o amor que faz o mundo girar", diz a personagem de William Hurt em "The Village" (2004). Nesse filme, a protagonista, Ivy Walker, parte numa viagem abismal pelos bosques para salvar a vida de Lucius Hunt, o homem que ama.

Em "Lady in the Water" (2006), Cleveland Heep, num momento pungente de libertação emocional (ver vídeo abaixo), cura as feridas de Story, a ninfa do "Mundo Azul" que tem por missão salvar a humanidade (da guerra e da apatia).

No cinema de Shyamalan, o amor é o grande super-poder dos seus heróis terrenos - não, não me esqueci do thriller mental "Unbreakable" (2000).

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