quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Ligação directa à pala de Walsh (VI)


No último mês de Dezembro, a produção foi variada. Sugiro começar pelo fim: "Meghe Dhaka Tara"/"The Cloud Capped-Star", o magnífico filme de Ritwik Ghatak foi o primeiro filme falado de 2013. Se este acabou por ser o primeiro post do novo ano, decidimos encerrar o anterior abrindo uma nova rubrica chamada "Actualidades". Através dela, eu e o Ricardo Vieira Lisboa fizemos o levantamento dos principais acontecimentos de 2012, mas sob a luz do cinema. Foi também em Dezembro que publicámos o inevitável Top10 do À pala de Walsh - qual foi o melhor entre os melhores? Veja tudo aqui. Outro post festivo - com boas doses de ironia - resultou numa Sopa de Planos para pobres, mas cheia de espírito natalício - porque, por pouco papel que haja, Natal é sempre Natal.

Escrevi ainda o texto sobre "Vertigo", obra-prima intemporal de Hitchcock que foi recentemente reposta em sala por iniciativa da Midas Filmes. Aproveitei ainda para lançar com o João Lameira, finalmente, a nossa entrevista a Lisandro Alonso. Antecipando a sua exibição na Cinemateca Portuguesa, tentei "rever em alta" o delirante "À Meia-Noite Levarei Sua Alma" de José Mojica Marins, um óptimo pretexto para se reavaliar o lugar deste autor na história do cinema moderno.

Dezembro foi também mês de filme raro. A minha escolha foi, na realidade, uma descoberta recente, que marcou profundamente o final de 2012: a trilogia de Nova Iorque do cineasta norte-americano Peter B. Hutton. Leia e divulgue. Por fim, e acabando onde comecei, escrevi mais um "episódio" da minha Civic TV, desta feita, devotado ao zapping do futuro através do filme conceptual de Mike Figgis "Timecode", que por diversas vezes tem passado na televisão portuguesa. 

Nesta ligação em directo, tenho ainda de chamar à atenção para o primeiro post da nossa mais recente colaboradora, a Helena Ferreira. O que o motivou foi a excelente retrospectiva na Culturgest dedicada ao cineasta taiwanês Edward Yang, mais especificamente a sua obra-prima "A Brighter Summer Day". Porque qualquer espaço de cinema tem obrigação de preservar a memória do cinema e respeitar os seus mestres, tomo a liberdade de reconduzir para aqui as palavras que o Francisco Valente escreveu a propósito do desaparecimento físico de Paulo Rocha e da imortalidade da sua obra, a começar por aquele que será, quanto a mim, um dos filmes maiores da história do cinema português: "Os Verdes Anos".

Em Janeiro, com o João Lameira a cargo da edição, teremos mais reflexão, brincadeiras e exclusivos. Esteja atento e comente.

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