"U samogo sinego morya"/"À Beira do Mar Azul" (1936) de Boris Barnet
(Deleuze, quando falava da ideia de imagem líquida no cinema francês, escreveu o seguinte sobre a obra-prima de Vigo: "é por fim uma função de vidência que se desenvolve na água, por oposição à visão terrestre: é na água que a amada desaparecida se revela, como se a percepção gozasse de um alcance e de uma interação, de uma verdade que não tinha em terra". A mesma vidência existe nas águas soviéticas do filme de Barnet, mas essa é uma relação mil vezes mais platónica ou, se preferirem, mil vezes menos carnal que no filme de Vigo. Os marinheiros só se apercebem da grandeza do amor pela rapariga quando a perdem no/para o mar...)
2 comentários:
Certamente... Tanto há para escrever acerca da personalidade do mar, no cinema.
Se ainda não viste, aconselha-se vivamente o video-ensaio da Nicole Brenez sobre o "By the bluest of seas": http://www.youtube.com/watch?v=T7ghMxw548w.
... Gosto de video-ensaios.
Quando nos brindas com um, directo da tua inventividade?
;)
Abraço.
Obrigado! Também adoro vídeo-ensaios, não sei se serei capaz!
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