sábado, 10 de março de 2012

Recorte de falas (XVII): The Legend of Lylah Clare

Eis uma mistura um-dois-três, desinspirada e caricatural, de "Vertigo", "Rebecca" e "Sunset Boulevard". "The Legend of Lylah Clare" (1968) é um melodrama, escrito com excesso de inspiração face à desinpiração da câmara de Aldrich e das sensaboronas interpretações de Kim Novak e Peter Finch; um melodrama sobre a segunda carne de uma estrela (cadente) morta tragicamente há mais de 20 anos. Trata-se, portanto, de um film on film, sem ponta de novidade, sem chama na forma como no tema, mas repleto de diálogos espirituosos, alguns muito acutilantes, ainda que excessivamente grandiloquentes (algo parecido já acontecia em "The Big Knife"). A certa altura, uma influente opinion maker do mundo do entretenimento comenta o evento pomposo que o realizador Lewis Zarken organizou em sua própria casa, a abarrotar de jornalistas, agentes do cinema e arredores, para lançar mediaticamente a actriz que irá (re)encarnar a lendária Lylah Clare. O comentário é veneno... e, como já todos adivinhamos, é veneno tanto para "eles" como para ela.

Molly Luther: Free food, free drinks, free press.

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