"Les contrebandières" (1968) de Luc Moullet
"Saute ma ville" (1968) de Chantal Akerman
(Uma ainda adolescente Akerman soube, na minha opinião, com este pequeno filme amador, que antecipa em certa medida o monumental "Jeanne Dielman", tornar o tom datado do filme de Moullet e de todo o contexto ideológico do Maio de 68 num sintoma "natural" da sua fresca jovialidade. A surpresa está nessa rapariga de rosto inocente que, a salvo de um discurso ideológico demasiado preparado e abstracto, escolhe o tema da escravatura silenciosa da mulher em sua própria casa como mensagem forte de um primeiro filme, por sinal, muito homemade. Às vezes o pequenino, o ingénuo e o "mal feito" resistem melhor, sobretudo politicamente!, à marca dos tempos.)
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