quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Cavaco is back and so is the good old cavaquês (V)

Cavaco, no último debate presidencial, diz que se compromete a exercer uma "magistratura de influência activa" caso seja eleito. Há cinco anos, o mesmo Cavaco prometeu uma "cooperação estratégica" com o Governo. Entretanto, desde que a crise estalou, Cavaco mudou a agulha: mandou dar uma volta à cooperação e dá vida, agora, a uma magistratura que se quer influente. No dito debate, com o candidato do PCP, Cavaco acrescentou um adjectivo: "activa".

A quantidade de latim que foi gasto a tentar descodificar, nos últimos 5 anos, o que raio era isso de "cooperação estratégica" dava para encher este blogue e afundá-lo no ciberlixo que nos intoxica os dias. Alguns politólogos e analistas já se começaram a entreter com a "magistratura de influência" como uma criança com o seu novo brinquedo. "Activa", Cavaco ponderou, reflectiu aturadamente durante dias, semanas, meses, e disse. Durante esse tempo claudicou entre "activa" e "passiva", ter-se-á decidido há dias. Nada será como dantes.

Imaginem se tivesse dito: irei exercer uma "magistratura de influência passiva". Seria o primeiro a influenciar passivamente algo ou alguém, mas Cavaco não se quis aventurar, como bom social-democrata da ala mais conservadora que se apanha. Ficou-se por uma influência activa. "Passivamente activa" - é a que se segue...

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