domingo, 17 de julho de 2011

Drama puro, teatro de emoções cruas, intenso espectáculo do real. Ó Lei, miserável Lei, o tribunal iraniano também é isso.

"Close-Up" (1990) de Abbas Kiarostami

"Divorce Iranian Style" (1998) de Kim Longinotto e Ziba Mir-Hosseini

[Uma descoberta recente verdadeiramente surpreendente: o cinema da documentarista britânica Kim Longinotto. "Divorce Iranian Style" e "Runaway", o seu díptico iraniano que me foi dado a ver pela Second Run, são dois retratos poderosíssimos do Irão moderno, sobretudo, da condição feminina e da batalha diária que é travada sob o tecto de diferentes instituições (o tribunal no primeiro e um lar que recebe raparigas que fugiram de casa no segundo), pela emancipação das mulheres numa sociedade ainda dominada pelos valores tradicionais "falocráticos". Mas não há "agenda" nenhuma, nem "discursos na manga" no cinema de Longinotto, que se revela uma cineasta de uma sensibilidade, de uma prudência e, por vezes, de uma espirituosidade muito fina que até agora só associava ao cinema de Frederick Wiseman.]

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