E, acrescento, sobre o cinema. Não será essa a maior questão da sétima arte: o que é verdade e o que é mentira; o real e o encenado; a ficção e o documentário? O dilema que acomete o protagonista de "Close-Up" - quem é ele? um iraniano anónimo ou um famoso realizador de cinema? - é semelhante à interrogação que pauta a viagem "sem destino" (como o aerossol que rola no filme de Kiarostami) de Jack Nicholson em "The Passenger". Mas onde está o cinema no filme de Antonioni? Naquele magistral plano-sequência final: uma mentira para os sentidos. Estou em crer que é nesse paradoxo - a verdade e a mentira - que se faz o cinema. E, ulteriormente, a própria vida.
4 comentários:
Duas obras-primas sobre a identidade.
E, acrescento, sobre o cinema. Não será essa a maior questão da sétima arte: o que é verdade e o que é mentira; o real e o encenado; a ficção e o documentário? O dilema que acomete o protagonista de "Close-Up" - quem é ele? um iraniano anónimo ou um famoso realizador de cinema? - é semelhante à interrogação que pauta a viagem "sem destino" (como o aerossol que rola no filme de Kiarostami) de Jack Nicholson em "The Passenger". Mas onde está o cinema no filme de Antonioni? Naquele magistral plano-sequência final: uma mentira para os sentidos. Estou em crer que é nesse paradoxo - a verdade e a mentira - que se faz o cinema. E, ulteriormente, a própria vida.
A simplicidade e a apurada geometria dos planos do Antonionni deixam-me sempre banzado.
abraço cinéfilo
Close-up é um filme extraordinário. Daqueles que emocionam e nos faz repensar a ficção, o real e o fictício na arte.
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