









"La pyramide humaine" (1961) de Jean Rouch
(O Rouch americano? Ou é Rouch o Rogosin francês? Enfim, Cassavetes também dificilmente foi indiferente a este grande cineasta norte-americano, que precisa de ser mais divulgado - um obrigado à Carlotta por continuar a recuperar as pérolas mais escondidas do cinema independente norte-americano.)
A RTP2 aguentou duas semanas seguidas com cinema, todos os dias da semana, acrescendo à sua tradicional sessão dupla dois ciclos dedicados ao cinema europeu, um à nova geração de cineastas italianos (como Sorrentino, Luchetti e Di Gregorio) e outro ao cinema espanhol (com muito Almodóvar, talvez numa perspectiva algo redutora sobre os últimos anos, mais produtivos, do cinema espanhol). Defendi que esta opção de programação não teve nada a ver com a nossa iniciativa de reivindicar mais e melhor cinema na RTP2; defendi isso, mas comecei a duvidar quando vi a programação desta semana: uma semana dedicada ao western, nomeadamente, com o excelente "Johnny Guitar" a abrir e dois Peckinpahs.
Foi uma boa surpresa para este início de ano, mas o meu entusiasmo rapidamente diminuiu quando consultei não só a sessão dupla do próximo sábado - das mais esquizofrénicas dos últimos tempos, com a proposta incompreensível "All the President's Men" de Pakula seguido de "Election" de Johnnie To - mas acima de tudo quando verifiquei que, na semana que vem, a RTP2 volta a descartar o cinema de segunda a sexta. Toda esta "indecisão programática", que dificilmente fideliza quem quer que seja, fez-me lembrar da importância da palavra REGULAR no título da nossa petição.
Reformulamos a exigência: que se "horizontalize" um conteúdo/fim fundamental que é o cinema e a formação cinéfila!