domingo, 4 de setembro de 2011

O filme do ano (XVIII): 3 estrelas

"(...) No novo filme, "The Ward" ("O Hospício"), a fasquia desce uns pontinhos (mas não muitos). (...) "O Hospício" é um daqueles filmes que 'custam a entrar', sobretudo para quem conhece bem o trabalho de quem o assina. (...) Horror e fantasmas em manicómios não é popriamente coisa que escasseie no cinema americano e o filme de Carpenter também não se importa de pregar mais um prego no caixão, socorrendo-se de estereótipos batidos. Fica-se por aí? Não. Kristen [a personagem principal] resgata-o da mediania pela interpretação de Amber Heard. (...) Kristen entra para a galeria de heroínas do cineasta onde estão Jamie Lee Curtis, Adrienne Barbeau ou Natasha Henstridge. Há muito que sabemos, graças a Carpenter, que a perda de tino, venha ela de um desgosto amoroso, do medo da morte ou de influência alienígena, é coisa que a cabeça inventa e potencia. O maior inimigo dos seus heróis estão neles próprios. Posto isto, "O Hospício", embora não possa ser colocado a par de obras-primas como "Halloween" ou das duas "fugas" (a de New York e a de Los Angeles), também não envergonha a ascendência".

A crítica, com o título "Com bicho de carpinteiro", é da autoria de Francisco Ferreira, e foi publicada no último Actual, a propósito da estreia nacional de "The Ward" no festival de cinema de terror de Lisboa MOTELx, no dia 7 de Setembro [corrige-se a informação mal dada].

(O crítico termina este texto com uma observação que considero muito acertada: "O MOTELx é um dos festivais portugueses mais interessantes, e talvez seja o mais claro de objectivos, o mais equilibrado entre meios e fins.")

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