quinta-feira, 11 de julho de 2013

Newsletter #23: Fassbinder


O enfant terrible-mor do novo cinema alemão será o herói de Julho da Newsletter do CINEdrio. Circulando permanentemente entre uma visão nostálgica do cinema (devedora, acima de tudo, de um Douglas Sirk) e uma atitude de insurreição contra a instituição cinematográfica (o cinema, essa "puta sagrada"), Rainer Werner Fassbinder é provavelmente o cineasta estetica e politicamente mais complexo (e, por vezes, complicado) da história do cinema moderno. A ele dedicaremos linhas que tentam expor a contradição que enforma a sua arte, sem negarmos, portanto, que nela residirá boa parte da energia convulsa que alimentou a alma deste ser hiperactivo, que produziu, realizou e, a espaços, chegou a protagonizar ao todo mais de quatro dezenas de filmes, telefilmes e mini-séries, tal como escreveu e encenou outras tantas peças de teatro. E morreu jovem, com apenas 37 anos.

Para além de Fassbinder, o subscritor da Newsletter receberá boas novas do mercado home cinema, tais como uma muito aplaudida edição de filmes da fase Bergman de Rossellini, duas das obra-primas maiores de Sirk em Blu-ray (qualquer uma delas não teria sido indiferente a um Fassbinder...), uma caixa com (quase) todo o Mike Leigh a preço de promoção, os mais recentes pré-lançamentos de obras de Satyajit Ray (parece uma loucura nestes dois últimos meses!), a descoberta do cinema experimental de Curtis Harrington, Cottafavi a preço de saldo, uma edição de luxo de "Heaven's Gate" de Cimino, etc.

Quanto a livros, posso levantar o véu dos nomes que seguramente farão parte deste número da Newsletter: Jacques Rancière, J. Hoberman, Hollis Frampton, Noel Carroll, Alain Badiou, Hugo Munsterberg, etc.

Ao nosso inquérito, respondeu-nos Eduardo Cintra Torres, crítico e estudioso do fenómeno televisivo que publicou recentemente o livro A Multidão e a Televisão.



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