segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Errar (nu deserto)

"La cicatrice intérieure" (1972) de Philippe Garrel

"Gerry" (2002) de Gus Van Sant

[A inspiração de Van Sant não veio só de Tarr, como bem aponta um artigo da Les Inrocks, a propósito do lançamento (histórico, apetece dizer) do DVD de "La cicatrice intérieure" (destacado na última newsletter do CINEdrio), obra que Garrel filmou e protagonizou ao lado, nomeadamente, de Nico - como se pelo still escolhido, como se ouve aqui. É um acontecimento poder redescobrir este filme numa cópia que faz jus à majestosa fotografia e realização de Garrel. "La cicatrice intérieure" é um daqueles raros filmes onde - como nos melhores momentos de "Gerry" ou "Brown Bunny", como, antes, em "A Idade da Terra" de Glauber Rocha ou nos filmes de James Benning - a paisagem natural como que comunica, autonomamente, em ecrã próprio..., a sua nudez estonteante. Tanto no filme de Garrel como no filme de Van Sant, a câmara traça círculos, ou são as personagens que os traçam por ela, para compreender, a 360 graus, o espaço da Errância.]

1 comentário:

O Narrador Subjectivo disse...

Dois grandes filmes, estabeleces um bom paralelismo.

http://onarradorsubjectivo.blogspot.pt/

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