quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

As sombras que lá habitam



W.G. Sebald, Os Emigrantes (2001), teorema, 2005, p. 114

(Acredito que os fantasmas, do cinema e da fotografia, isto é, os fantasmas da memória cimentam - e o verbo certo é mesmo cimentar - essa relação invisível - e invisível é o adjectivo correcto - entre a prosa de Sebald e o cinema poético de Erice. Esteja o primeiro a falar de um hotel abandonado numa vila francesa ou o segundo a falar de um antigo casino que era "motivo de orgulho da burguesia" nos princípios do século e que rapidamente foi tomado pela decadência e o esquecimento... até albergar - ou ser ocupado por - uma sala de cinema, espaço onde se celebram as sombras e a morte. E quando digo "celebrar" digo, exactamente, "dar vida a...")

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